Câmara aprova projeto que reconhece estado de calamidade no RS e facilita repasses federais ao estado

  • 06/05/2024
(Foto: Reprodução)
Texto dispensa cumprimento de regras e prazo previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal; votação agora vai para o Senado. Mais de 80 pessoas já morreram por causa dos temporais no Rio Grande do Sul. A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (6) um projeto que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde a última semana. A votação foi simbólica, ou seja, sem a necessidade de registro de votos no painel, uma vez que a proposta era de amplo consenso. Vista aérea da Orla do Rio Guaiba, em Porto Alegre (RS), completamente coberta de água após o transbordamento do rio nosábado (4). MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO O texto agora vai ao Senado e depois será promulgado pelo presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O objetivo da proposta é facilitar o repasse de verbas públicas ao estado para ajudar a socorrer e reconstruir as regiões atingidas pelos temporais. Depois de mais de uma semana de tempestades, o Rio Grande do Sul está tendo que lidar com transbordamento de rios, alagamento de cidades e destruição de parte de rodovias. Até esta segunda, mais de 80 pessoas já morreram em razão das chuvas. Anúncio conjunto O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o projeto de decreto legislativo após uma reunião no Palácio do Planalto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também participaram o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, e ministros do governo. Lula decreta medida para acelerar repasses ao RS O projeto, na prática, permite que os recursos utilizados nas ações relacionadas ao Rio Grande do Sul não sejam submetidas aos parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Ficam fora do limite de gastos e das metas fiscais qualquer benefício, incentivo ou gastos que venhamos a fazer com estados e municípios”, explicou a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Leia também: Temporais no RS: veja resgates impressionantes durante as chuvas Chuvas no Rio Grande do Sul; VEJA FOTOS Como ajudar as vítimas dos temporais no RS O projeto Segundo o texto, as despesas pagas com crédito extraordinário e as renúncias fiscais necessárias para enfrentar o estado de calamidade não serão computadas nos resultados fiscais e o governo não precisará contingenciar o Orçamento para cumprir a meta. Tebet explica como vai funcionar o decreto legislativo para recursos de socorro ao RS Especialistas avaliam que a legislação já permite que isso seja feito sem necessidade de alterações na legislação. “Se há preocupação com a questão das regras fiscais, também a Lei do Novo Arcabouço Fiscal determina a não incidência do limite de gastos sobre esse tipo de despesas”, afirmou o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto. Além da questão do limite fiscal, o projeto aprovado também dispensa o Rio Grande do Sul de limites, condições e demais restrições aplicáveis e demais entes no que diz respeito a: contratação e aditamento de operações de crédito; concessão de garantias; contratação entre entes da Federação; recebimento de transferências voluntárias. O Rio Grande do Sul já se encontra em estado de calamidade pública em razão de um outro decreto legislativo aprovado em setembro de 2023. A avaliação, no entanto, é de que é necessário um novo decreto para tratar especificamente das chuvas que afetam o estado neste momento. 'A população mesmo se salvou', diz homem que ficou ilhado após chuvas no RS Ações emergenciais Ainda no final de semana, Lira afirmou que a Câmara “dará todo o apoio” aos mais de 300 municípios afetados pelo evento climático extremo. “O povo do RS precisa de muita solidariedade e, principalmente, ações efetivas no atendimento à população atingida e para reconstrução das áreas devastadas por essa tragédia. O governador Eduardo Leite e o povo gaúcho contam com minha solidariedade e trabalho”, disse Lira ao visitar o Rio Grande do Sul junto à comitiva de autoridades federais. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o Planalto vai priorizar o pagamento de emendas voltadas para a recuperação do estado. Segundo Guimarães, a maior parte das emendas será voltada para a área da saúde.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/05/06/camara-aprova-projeto-que-reconhece-estado-de-calamidade-no-rs-e-facilita-repasses-federais-ao-estado.ghtml


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