Obesidade pode estar relacionada a discriminação racial, aponta estudo da UFRGS publicado em revista internacional

  • 28/04/2024
(Foto: Reprodução)
Pesquisa realizada em Porto Alegre revela que, além do impacto psicológico, consequências do racismo se manifestam na saúde física da população negra. Artigo foi publicado na revista Public Health Nutrition, da Cambridge Core. Consumo de alimentos hipercalógicos estaria associado a estresse crônico GETTY IMAGES via BBC Um estudo feito em Porto Alegre por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelou que a obesidade na população negra pode ser uma consequência direta do racismo. O artigo foi publicado em fevereiro na Public Health Nation, uma revista inglesa da plataforma acadêmica Cambridge Core. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A pesquisa diz que a discriminação racial está associada a um estresse crônico, que gera alterações alimentares. Ou seja, a partir disso, as pessoas tendem a consumir mais alimentos ultraprocessados para compensar a situação. O estudo foi realizado no Centro Histórico de Porto Alegre, ouvindo 400 pessoas com idade entre 20 e 70 anos de áreas vulneráveis e não vulneráveis, sendo o primeiro do gênero a ser realizado no estado. Professora do Programa de Pós-graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde e uma das autoras do artigo, Raquel Canuto afirma que o estudo inverteu uma lógica ao perguntar para as pessoas sobre a cor da pele em vez de se basear nos índices do IBGE. Ela explica os resultados, que associam o racismo à obesidade abdominal "Uma das possíveis explicações seria que os indivíduos que sofrem racismo têm alterações neuroindócrinas, alterações hormonais, porque o racismo é uma experiência de estresse. O estresse crônico pode levar a alterações em nível neuroindócrino, hormonal, e isso pode fazer com que se metabolize a gordura de uma forma diferente’", afirma. De acordo com ela, o estudo também mostrou que as pessoas que mais sofrem discriminação racial são as que apresentam obesidade geral e abdominal. A metodologia do se dividiu em duas etapas. Na primeira, os participantes responderam a perguntas voltadas ao consumo alimentar nos últimos anos. Na segunda, eles foram classificados em diferentes grupos a partir do consumo, considerando uma metodologia chamada análise de componentes principais. O estudo se baseou na Teoria Ecossocial, que trata de mudanças no corpo a partir de fatores externos à própria nutrição, como as injustiças sociais. Isso contribuiria para problemas de saúde, enfermidades e até a morte. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/04/28/obesidade-pode-estar-relacionada-a-discriminacao-racial-aponta-estudo-da-ufrgs-publicado-em-revista-internacional.ghtml


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