Organização criminosa é suspeita de hackear contas gov.br e aplicar golpes com a venda de carros clonados no RS
07/05/2025
(Foto: Reprodução) Uma das vítimas teve prejuízo de R$ 80 mil e descobriu que caiu no golpe quando foi fazer vistoria no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Polícia faz operação contra grupo suspeito de invadir contas .gov e aplicar golpes com venda de carros clonados no RS
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil prendeu preventivamente, na manhã desta quarta-feira (7), 15 pessoas suspeitas de fazer parte de uma organização criminosa que invadia contas gov.br para obter dados de vítimas e, assim, aplicar golpes com a venda e transferência de veículos clonados no Rio Grande do Sul.
Os presos devem responder por estelionato, falsificação de documentos, invasão de dispositivos informáticos, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e lavagem de dinheiro.
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Conforme a Polícia Civil, são cumpridos 25 mandados de prisão preventiva e 30 de de busca e apreensão em Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Charqueadas, Arroio dos Ratos, Florianópolis (SC), São José (SC), Palhoça (SC), Criciúma (SC) e Rio de Janeiro (RJ).
Polícia faz operação contra organização criminosa suspeita de invadir contas .gov e aplicar golpes com carros clonados no RS
Polícia Civil/Divulgação
O caso começou a ser investigado depois que uma vítima do esquema, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, procurou a Polícia Civil para denunciar que havia sido lesada em R$ 80 mil ao cair em um golpe. Ela adquiriu um carro anunciado na internet, recebeu o documento de Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo (ATPV-e) após fazer o pagamento e foi surpreendida no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) ao descobrir que o automóvel tinha sido roubado no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, poucos dias antes.
Ao longo da investigação, a Polícia Civil descobriu que o chefe do grupo criminoso, que está preso, comprava veículos roubados ou furtados no RS ou em Santa Catarina e, então, repassava para outro grupo, que ficava responsável pela clonagem e falsificação dos sinais identificadores.
"Uma vez clonado o veículo, os criminosos passavam os dados da nova placa utilizada para a clonagem para um indivíduo do Rio de Janeiro, de 24 anos e estudante de tecnologia e programação de dados, que, através de engenharia social, conseguia invadir a conta .gov do proprietário do veículo original e ter acesso à documentação veicular", conta o delegado João Vitor Heredia, responsável pela investigação.
Com o veículo clonado e com acesso aos documentos, os criminosos anunciavam a venda do veículo em sites na internet por um valor abaixo do mercado. Assim, se valendo do acesso fraudulento ao gov.br, os criminosos realizavam a transferência de documentação do veículo original para a vítima que, com os documentos e o veículo, ao buscar a vistoria do Detran, descobria se tratar de um automóvel roubado.
Polícia faz operação contra organização criminosa suspeita de invadir contas .gov e aplicar golpes com carros clonados no RS
Polícia Civil/Divulgação
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