UFRGS suspende atividades no Litoral Norte devido a previsão de tempo severo
29/05/2025
(Foto: Reprodução) Decisão vale para o Campus Litoral Norte (CLN) e o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), localizados nos municípios de Tramandaí e Imbé, nesta quinta-feira (29). Campus da UFRGS
Rochele Zandavalli/ Secom-UFRGS
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) anunciou a suspensão das atividades presenciais no Campus Litoral Norte (CLN) e no Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), localizados nos municípios de Tramandaí e Imbé, nesta quinta-feira (29).
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Segundo a instituição, a decisão foi tomada após avaliação das condições climáticas e consulta a especialistas em meteorologia. A UFRGS informou ainda que continuará monitorando a situação e, se necessário, comunicados sobre Porto Alegre e Eldorado do Sul serão divulgados nos canais oficiais da universidade.
Além do impacto na universidade, escolas em áreas rurais também tiveram atividades interrompidas. Municípios como Agudo, Santa Maria, São Sepé, São Pedro do Sul e Dilermando de Aguiar optaram pelo fechamento das escolas como forma de prevenção aos efeitos do mau tempo.
Previsão de chuva
RS tem previsão de declínio de temperatura e chuvas intensas
Divulgação/ Inmet
De acordo com a Climatempo Meteorologia, a chuva, que pode ser moderada a forte nesta quinta-feira (29), atinge principalmente as regiões Sul, Costa Doce, Litoral, partes da Região Metropolitana de Porto Alegre, Serra Geral, Vales e Região Central.
Os volumes podem alcançar até 70 mm. Os ventos continuam fortes, especialmente na metade Leste do Estado, com rajadas entre 50 e 80 km/h, podendo ultrapassar os 90 km/h no Sul, Costa Doce e Litoral.
As temperaturas devem variar entre -1°C e 10°C pela manhã, e entre 3°C e 13°C durante a tarde.
Em Porto Alegre, a quinta-feira começa com chuva intensa, que vai diminuindo com o passar do dia, embora o tempo permaneça nublado e frio, com máxima de apenas 13°C.
Na Serra, a madrugada pode registrar precipitação invernal em alguns pontos da região, especialmente nas áreas mais altas. Ao longo do dia, as chuvas tendem a diminuir gradualmente.
No entanto, ainda segundo a Climatempo, o tempo volta a ficar firme em todo o estado na sexta-feira (30).
Chuvas intensas no RS
Chuvas provocam transtornos na Fronteira Oeste e Região Central
As chuvas intensas voltaram a provocar estragos no interior do Rio Grande do Sul na quarta-feira (28). Na Fronteira Oeste e na Região Central, rios transbordaram, acessos foram destruídos e famílias precisaram deixar suas casas.
Enquanto a chuva não dá trégua, o apelo das autoridades é claro: evitar deslocamentos desnecessários e manter distância das áreas alagadas.
Em Alegrete, na Fronteira Oeste, a cheia do Rio Ibirapuitã colocou 432 pessoas de 105 famílias fora de casa. Dessas, 154 estão em três abrigos municipais, incluindo o ginásio da Escola Oswaldo Aranha. As demais buscaram refúgio na casa de parentes ou amigos.
O rio atingiu mais de 11 metros, ultrapassando em um metro a cota de inundação, que é o ponto em que ele transborda. A Defesa Civil local alerta que, embora o nível esteja perdendo força, a previsão é de que ainda suba até quinta-feira. Ao todo, 14 bairros foram atingidos.
Na vizinha Quaraí, o Rio Quaraí também ultrapassou a cota de inundação, de 9,50 metros. Ao menos treze pessoas estão fora de casa, sendo oito delas acolhidas na antiga sede do CRAS. Três bairros da cidade foram atingidos.
Na Região Central, Agudo voltou a sofrer com a força da água na quarta-feira. O único acesso da cidade à comunidade de Nova Boêmia, reestabelecido há apenas três semanas, foi novamente levado pela enchente — a mesma ponte havia sido destruída no ano passado.
Segundo o secretário de Obras do município, Ederson Luís Lipke, oito acessos foram comprometidos pela cheia de arroios como o Curupá e o Corumbá. No interior, 200 pessoas estão ilhadas, o que provocou a suspensão das aulas em escolas rurais e dos atendimentos nos postos de saúde.
Além de Agudo, as aulas também foram suspensas em Santa Maria, São Sepé, São Pedro do Sul e Dilermando de Aguiar.
Entre Cacequi e São Vicente do Sul, o arroio Saicã transbordou e isolou a localidade de Capela de Saicã, onde vivem cerca de 600 pessoas. As quatro estradas que dão acesso à área estão interrompidas, e só é possível passar com trator.
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